Para quem acha que os portugueses são pessimistas, aqui vai a minha contestação. Na minha opinião, temos até uma grande capacidade, não em ver o lado positivo, mas sim em ver o lado glamoroso da situação (vejamos o tópico do recém-licenciado). Somos especialistas em conotações.
Desde que enfrentamos
esta crise económica, assisti a mudanças de vida nos mais variados aspectos.
Com a perda de poder económico, verificaram-se mudanças ao nível do consumismo.
Não em volume, porque somos vaidosos, mas sim em estratégia. Assim, os
portugueses (ou na maioria dos casos, as portuguesas) encontraram uma
oportunidade de poupança ao adquirir roupa e acessórios em 2ª mão em lojas ou
mercados. Contudo, ninguém ouve falar nisto. Porquê? Porque não comprarmos
artigos em 2ª mão – compramos artigos vintage
e o vintage é “trendy”, tem estilo e é “retro”. Outra alteração foi a nível do
sector alimentar – como poupar? Voltar a investir na agricultura permite
cultivar alguns produtos com facilidade e com grande redução de custos.
Conhecem alguém que se tenha tornado agricultor? Não, porque ele construiu ou
integrou uma horta biológica.
Contudo, se estes cortes não forem necessários, é necessário aumentar a fonte
de rendimento e uma das opções passa pela emigração mas, mais uma vez, não
tenho nenhum amigo emigrante porque emigrar tem uma conotação negativa - é
foleiro e não tem pinta. Quem sai do país não é emigrante, vive fora e é quase um estatuto.
Conseguem
continuar a negar que temos uma capacidade de adaptação formidável?
To those of you who think that portuguese are pessimistic, here comes my contestation. In my opinion, we have a great capacity, not in seeing the bright side, but in seeing the glamorous side. We specialize in conotation.
To those of you who think that portuguese are pessimistic, here comes my contestation. In my opinion, we have a great capacity, not in seeing the bright side, but in seeing the glamorous side. We specialize in conotation.
Since we began dealing with
this economic crisis, I´ve assisted to changes in our lives across many areas.
With the loss of some
economic power, there have been changes in consumption. Not in volume, because
we are vain, but in strategy. Thereby, we´ve found an opportunity to save money
by buying second-hand articles in stores or markets. No
one hears about this. Why is that? Because we do not buy second-hand clothes, we buy vintage and vintage is trendy, stylish and retro. Another
alteration occured in the food area. How could we save? Investing in agriculture allows us to cultivate some products
easily and with great cost reduction. Do you know any one that has become a
farmer? You don´t because that person has built a biological orchard. If even after this adjustments, there´s still
not enough money, the income has to be enlarged and one of the options on the
table is emigration but, once again, I have not a single friend who´s an
emigrant because that has a bad connotation – it´s tacky and has no flare. Those
who leave the country, live abroad and
that´s almost a luxury status.
Can you still deny our
amazing way of adapting?
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